Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo realiza ação de incentivo à prática da leitura

 Em alusão ao Dia da Doação de Livros, colaboradores e voluntários do Hospital presentearam pacientes com livros e contação de histórias


Voluntários e colaboradores do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo durante ação da Biblioteca ItineranteVoluntários e colaboradores do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo durante ação da Biblioteca ItineranteFoto: DivulgaçãoEm comemoração ao Dia Internacional da Doação de Livros, celebrado no último dia 14, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, realizou a entrega de doações de exemplares às crianças e adolescentes assistidos pela instituição. A ação foi promovida em parceria com voluntários da Associação Beneficente de Capelania Social (Abecas), que deram vida a personagens infantis enquanto contavam histórias aos pacientes internados. 

A Abecas Internacional realiza missões de capelania humanitária e social e, no Hoiol, o grupo adere às ações propostas pelo setor de Humanização. Para a voluntária Marina Morais, uma parceria de sucesso. “Nesse trabalho conjunto com o hospital, trazemos mensagens de positividade, amor, fé e esperança. Hoje doaremos o livro mais lido no mundo, que é a bíblia sagrada, mas também trouxemos livros infantis e brindes com atividades para que as crianças se desenvolvam, sempre respeitando a faixa etária”, contou a mestre de cerimônia, que se vestiu de Emília para alegrar as crianças.

As colaboradores Bianca Dominguez e Joyce Wanzeler organizam livros utilizados por pacientes na Biblioteca do HOIOLAs colaboradores Bianca Dominguez e Joyce Wanzeler organizam livros utilizados por pacientes na Biblioteca do HOIOLFoto: DivulgaçãoAcervo - Na biblioteca do Oncológico Infantil, situada no segundo andar, são disponibilizadas aos usuários diversas obras. Fruto de doações, os livros tornam o espaço ideal para a prática da leitura e, nesse ambiente de conhecimento compartilhado, crianças e adolescentes deixam a imaginação falar mais alto.

“Não tem dia específico para visitar a biblioteca. Todo dia é dia. Conforme nós, colaboradores, vamos conhecendo os pacientes, percebemos os gostos e se tem livros específicos que os atraem. Assim que identificamos o amor pela leitura, fazemos o convite e eles ficam encantados com o espaço, que também é um ateliê. Aqui, todos têm a oportunidade de ler. E aqueles que ainda não sabem, nós fazemos a contação de histórias à beira leito”, explicou a integrante do setor de Humanização do Hoiol, Joyce Wanzeler.

Calebe brinca com os voluntários caracterizados de Homem Aranha e a boneca EmíliaCalebe brinca com os voluntários caracterizados de Homem Aranha e a boneca EmíliaFoto: DivulgaçãoA biblioteca do Hoiol dispõe de diversos títulos e, ainda que o paciente não consiga sair da enfermaria para conhecê-los, os livros são levados em um carrinho até os pequeninos e seus acompanhantes, por meio da Biblioteca Itinerante, projeto também pensado pelo setor de Humanização. “Contamos com um carrinho móvel, que foi pensado para ir até o leito, levando a leitura de uma forma bem descontraída e que chamasse a atenção das crianças. Então, caso o paciente não possa vir até o espaço de leitura, nós colocamos os livros dos mais diversos gêneros dentro da Biblioteca Itinerante e vamos ao leito”, afirmou Joyce.

A adolescente Maria Eduarda Novolleti, de 14 anos, exibe orgulhosa os livros que recebeu de presente nesta quinta-feira (16)A adolescente Maria Eduarda Novolleti, de 14 anos, exibe orgulhosa os livros que recebeu de presente nesta quinta-feira (16)Foto: DivulgaçãoA paciente Maria Eduarda, de 14 anos, é amante da leitura desde a primeira infância. A mãe da adolescente, Hilda Volks, conta que o amor da filha pelos livros já causou alguns “perrengues”. “Ela sempre gostou de ler. Se a gente for ao shopping ou se ela avistar uma livraria, ela me deixa louca para comprar pelo menos um livro. E quando ela quer um específico que não tem no momento, ela se informa sobre quando vai chegar e, na data marcada, pede para que eu compre. Na Feira do Livro, então, ela fica muito empolgada. Ela adora uma promoção”, conta a mãe aos risos.

A jovem defende que a prática é importante para a exploração do saber e da criatividade e diz que ficou feliz ao descobrir a existência do espaço e das visitas. “Eu amo livros, não importa o gênero. Já li terror, romance, ação, enfim, vários. Eu descobri que tinha uma biblioteca durante a minha segunda internação. Comecei a ler o “Diário de um Banana” (VR Editora, 2008) e eu gostei tanto que em um pouco mais de um mês, li os primeiros nove livros da série. Depois li o décimo, o décimo primeiro e agora quero ler o décimo segundo”, contou Maria, que há cinco anos faz tratamento contra um histiocitose óssea e sonha entrar para a faculdade de direito ou medicina para ajudar outras pessoas.

SERVIÇO

Gerenciado pelo Instituto Diretrizes, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência no tratamento de crianças e adolescentes na região amazônica. Para realizar doações de livros novos ou em bom estado de conservação, os interessados devem procurar o setor de Humanização do Hoiol (Tv. Quatorze de Abril, 1394 - São Brás, Belém), das 8h às 18h.

“É muito gratificante fazer parte desse trabalho. As crianças sorriem bastante, a gente vê que o dia delas muda completamente, pois elas entram na magia do livro, no mundo da imaginação. Então, quem puder, venha ao hospital com a sua doação e acione, na recepção principal, o setor de humanização”, convidou Joyce.

Texto de Ellyson Ramos / Ascom Hoiol

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