Compositor paraense tem participação confirmada na trilha sonora de ‘Cidade Invisível’ 2, da Netflix

 A canção ‘Barreira do Mar’ estará na segunda temporada da série com Marco Pigossi e Alessandra Negrini

Rogério Uchôa
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A segunda temporada da série ‘Cidade Invisível’, da Netflix, terá música paraense em sua trilha sonora. A canção ‘Barreira do Mar’, do cantor, compositor e produtor André Nascimento fará parte da produção da série da gigante do streaming, que traz mais uma vez para os espectadores de todo mundo uma trama ligada aos seres encantados da Amazônia e das outras regiões do Brasil, como Curupira, Iara, Saci e Matinta Pereira. Estão no elenco, entre outros, Marco Pigossi, Alessandra Negrini e Letícia Spiller.

A notícia trouxe muita emoção para o compositor, mas não foi exatamente uma surpresa. Ele afirma que o empresário e amigo Na Figueredo, proprietário do selo musical Na Records, disse em 2010, quando a música foi composta e o compositor morava em São Paulo, que “Barreira do Mar” levaria André “para o mundo”. Mas para mim foi uma emoção muito forte (saber que a música estará na trilha da produção da Netflix). A série tem tudo a ver com as questões simbólicas que envolvem o imaginário brasileiro, dos mitos, das lendas, das encantarias, que fazem parte das minhas pesquisas como compositor, como artista. Tanto que intitulo o carimbó que eu faço de carimbó encantado”, acrescenta.

André Nascimento considera a primeira temporada de “Cidade Invisível” um “trabalho primoroso da Netflix” e afirma que já assistiu várias vezes. “É um trabalho maravilhoso de toda equipe, de todo o elenco, da (produtora) Prodigo Filmes. Para mim é uma honra estar junto deles agora”, destaca.

A canção ‘Barreira do Mar’ é fruto de uma vivência do compositor na região do Marajó, a partir de 2001, “quando de fato tive uma aproximação maior com a ilha”, recorda. “Lá eu trabalhei de 2001 a 2007. Nesse processo, vivendo com a cultura do Marajó, em alguns municípios da ilha, comecei a absorver muito da tessitura do povo de lá, tanto do falar quanto das artes, da cerâmica, da culinária, da questão do movimento das marés, desse lugar que possui muitos outros microambientes que é o Marajó”, diz o artista.

O sentimento de saudade foi a força geradora do carimbó, afirma André Nascimento, que já compunha canções em diversos ritmos desde 1993. Mas as lembranças do Marajó, no período em que morava na capital paulista, fez com que o artista concentrasse sua criatividade na composição dos versos e frases melódicas que formaram “Barreira do Mar”. “Como sou um compositor intuitivo, eu atribuo parte da minha criação ao plano divino, eu compus letra e música de uma vez só, no mesmo momento. Para mim foi, de alguma maneira, fácil, porque nasceu do ator de revisitar as lembranças do Marajó”, explica.



Fonte: O Liberal (texto) 

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