'Pactos de Família': em novo livro de terror, Andrei Simões conecta Norte e Nordeste

Publicação tem lançamento nesta sexta-feira, 22, em formato e-book


O mês do halloween está cheio de novidades para os fãs dos gêneros de horror. Nesta sexta-feira, 22, chega às lojas de e-book o livro “Pactos de Família - Uma Novela de Horror”, nova publicação do autor paraense Andrei Simões. O livro se junta às outras obras do autor, todas disponibilizadas em e-book entre junho e outubro deste ano. “Pactos de Família - Uma Novela de Horror”, título de 102 páginas, está disponível na Amazon.com por R$ 6,90.

No novo livro, um horror social Pulp, Andrei compartilha da forte conexão cultural e espiritual norte-nordeste, mais especificamente em Belém e Petrolina. Na narrativa, a realidade sobre hipocrisia da família tradicional brasileira será revelada; enquanto um investigador se perde nas teias de um hotel sobrenatural e a verdadeira protagonista emerge do oceano de piche patriarcal, para retomar seu lugar devido tanto no espaço da obra quanto no mundo.

“Pactos de Família - Uma Novela de Horror” é o oitavo livro publicado por Andrei ao longo dos 21 anos de carreira como escritor, e ele explica quais novas referências traz para esta história.


“O terror é um gênero que tem passado por uma ótima renovação, não só na literatura, mas no cinema também. Então alguns filmes indianos como ‘Tumbadd’ tem  me empolgado com a ideia de se fazer terror social, que é algo que sempre fiz, porém é bom ver isso validado pela indústria. A excelente série estadunidense chamada ‘Vingança Sabor Cereja’ utiliza do gore e body horror, que são subgêneros mais gráficos do terror, têm me empolgado bastante também. Mas fora isso, sempre tento imprimir a minha marca nas obras, ter um estilo de escrita que traga algo novo, mas seja reconhecível. Não nasci pra requentar comida, quero poder criar”, explica.


Andrei também justifica a forma como o novo livro conversa com sua obra em geral, abordando um terror social. “Sempre transito entre o realismo mágico e o horror na narrativa, mas a mensagem é sempre social. Sempre querendo provocar reflexões e confrontar o leitor sobre questões como intolerância e alienação. Desta vez escrevi uma novela pulp, que é um tipo de narrativa comum na primeira metade do século 20, mas atualizando para o que julgo importante nos tempos atuais e mantendo apenas a linguagem de mistério, o terror mais visual e exagerado. Então a narrativa é divertida e a mensagem é séria”, conta.

Com a nova obra, o autor diz esperar que os leitores deem uma chance ao terror, explicando que o gênero vai muito além de sustos baratos dos filmes hollywoodianos. 

“Ele [o terror] pode te fazer refletir e entreter de modo profundo. E também para a literatura paraense, que é múltipla e cheia de obras diferentes, mas normalmente são muito bem escritas, cuidadosas, atualizadas e representativas”, defende.


Fonte: O Liberal/Literatura (Texto e Foto)

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