Produções audiovisuais paraenses são contempladas em festival internacional

"Ventos que Sopram" e "Mestre Cupijó e seu Ritmo" estão entre os selecionados do In-Edit Brasil


As produções audiovisuais paraenses "Ventos que Sopram" e "Mestre Cupijó e seu Ritmo" estão entre os selecionados do In-Edit Brasil- Festival Internacional de Documentário Musical. O evento acontece de 9 a 20 de setembro e, pela primeira vez, será online com acesso em todo território nacional. Nessa edição, o público poderá contribuir com uma taxa de R$ 3,00, que será usado para ajudar os profissionais do audiovisual, que ficaram impossibilitados de trabalhar por conta da pandemia do novo coronavírus.

A produção  "Mestre Cupijó e seu Ritmo" é de Jorane Castro, que faz um passeio musical pelo  Pará. Entre conversas e sessões musicais sobrevoa ritmos diversos e uma riqueza cultural que une com a beleza natural. De acordo com a diretora do filme, a produção foi selecionada para a mostra competitiva do festival. Ela acredita que mesmo diante das dificuldades, o novo formato do festival contribuirá para que mais pessoas possam ter acesso às produções
"Antes o festival acontecia fisicamente, mas diante do momento em que estamos vivendo ele foi modificado e acredito que mais pessoas vão poder ter acesso e isso é muito bom para nós que realizamos essas produções", disse Jorane Castro. 
Sobre o documentário, ela disse que foi filmado entre 2017 e 2018 e foi lançado em 2019. O filme já rendeu em dois prêmios e ela espera que cada vez mais as pessoas tenham maior interesse e facilidade de acesso a essas produções. Os filmes do brasil.doc serão disponibilizados gratuitamente na plataforma do festival e o Mestre Cupijó está nessa categoria.
O cantor e compositor Felipe Cordeiro também tem motivo para comemorar, pois a produção "Ventos que Sopram- Pará" também está entre os selecionados. A direção é de Renato Barbieri, mas o artista paraense acabou se tornando sócio do filme, pois além de atuar, também foi curador e apresentador, pois participou de todos os processos, que ainda teve também a participação de sua companheira na produção, Tyara La Rocque.
"Foi um filme que a gente fez com muito carinho, foi algo muito diferente do que eu já fiz. E sem falar que trata de um assunto que gosto muito, que é a música paraense, e que merecia uma produção desse tamanho", disse o artista.
Felipe completa que 90% da equipe foi composta por paraenses e que permaneceu durante todo o mês de abril do ano passado em Belém, onde gravou com mais de 15 artistas incluindo Manoel Cordeiro, Gaby Amarantos, Dona Onete e entre outros artistas.
"É importante falar que nesse filme a gente não quer dar conta de toda a música paraense, pois é muito vasta, mas é um recorte amplo que aborda a partir de um olhar antropológico. Vai ser possível ver algumas vertentes contempladas ", explicou Felipe Cordeiro
O Festival está na sua 12ª edição e conta com uma programação com mais de 50 filmes nacionais e internacionais inéditos no circuito comercial que serão exibidos na plataforma do festival in-edit-brasil.com e também através de plataformas parceiras.
O In-Edit Brasil oferecerá documentários a R$ 3,00 e gratuitamente. Os interessados poderão comprar pacotes de tíquetes com desconto. Todo dinheiro arrecado pelo Festival irá em solidariedade aos trabalhadores do setor audiovisual que ficaram sem recursos financeiros nesta época de pandemia.
Além dos filmes nacionais, o festival apresenta a Mostra Portugal, em parceria com o Instituto Camões e a Embaixada de Portugal, com uma seleção dos documentários musicais recentes mais destacados do país. 
Para complementar a programação, o 12º In-Edit Brasil ainda traz  uma masterclass, lives com os diretores e shows exclusivos.

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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