Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz encerra temporada com operetas de Viena




O ano de 2018 para a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) terminará com alegria. Os músicos fazem a última apresentação ao público nesta terça-feira, dia 11, a partir das 20h, com aberturas de operas e operetas vienenses conhecidas por serem mais leves e alegres. No espetáculo gratuito ao público o repertório terá compositores clássicos da música erudita. Além deste espetáculo, a OSTP fará um Concerto Didático para crianças de três escolas públicas nesta quinta-feira, dia 13.
“A ideia deste concerto é que seja uma ocasião festiva. É uma ocasião de celebração, de júbilo, e o repertório de óperas e operetas vienenses, marchas e polcas remete muito a isso. Na verdade podemos pensar que é nos moldes do tradicional concerto de Ano Novo da filarmônica de Viena”, compara o maestro da OSTP Miguel Campos Neto.
De acordo com o maestro a ideia deste concerto é que seja um repertório mais curto, leve e festivo, sem nenhuma sinfonia de uma hora, para um tipo diferente de público. “Você vai ver o público com o sorriso estampado no rosto, os músicos com sorrisos estampados nos rostos tocando, porque é música leve, que é divertida de se ouvir e tocar”, complementa.
A OSTP com 70 músicos profissionais de qualificação internacional apresentam o último concerto aberto para o público com o programa que tem a abertura da ópera “O Morcego”, do austríaco Johann Strauss, depois as obras do croata Franz von Suppé “Poeta e Camponês” e “Cavalaria Ligeira”. A obra “As Alegres Comadres de Windsor” do alemão Carl Otto Nicolai. O encerramento será com as obras de Johann Strauss “Valsa do Imperador”, “Vozes da Primavera”, “Sobre o Belo Danúbio Azul”, e “Sob Raios e Trovões”.
O maestro Miguel Campos Neto compara as operetas vienenses da época aos espetáculos atuais da Broadway. “A opereta vienense é bem diferente de uma ópera dramática de Verdi ou de Wagner. Eram ocasiões muito leves, quase teatro de revista, quase ao que hoje em dia seria um musical americano da Broadway, mas com o estilo clássico erudito. É muito leve e despretensioso. Isso vai atrair um público que vai sair muito satisfeito do Theatro da Paz”, acredita.
Para ele, o balanço de 2018 para a OSTP é muito positivo com uma homenagem especial às mulheres no dia 8 de março com a apresentação de uma maestrina convidada, um excelente Festival de Ópera com execução do “Baile de Máscaras” de Giuseppe Verdi e a opereta “La Vida Breve” de Manuel De Fala, e um dos maiores momentos que foi a estreia de obra inédita do compositor brasileiro Radames Giatalli com o internacionalmente reconhecido gaitista americano Robert Bonfiglio.
“Não só pela estreia da obra, mas pela estirpe e pelo nível do solista, que é internacional. Ele  toca gaita de boca. Só a presença dele sem a estreia mundial seria uma grande coisa. Ele deu um show tocando vários estilos de música, tocou até blues, o público adorou, mas além de tudo isso teve a estreia mundial do concerto para gaita escrito pelo compositor brasileiro chamado Radames Giatalli. O concerto nº 2 que não era muito conhecido, e este solista conseguiu a partitura com a filha do compositor. Fez o trabalho de revisão e digitalização da partitura, e estreou aqui devido a amizade que tem com Belém”, detalhou.

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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