Meu tempo é hoje, diz Marina

Cantora vai do funk e do samba à música eletrônica em novo disco



O passado foi vivido, diz Marina Lima, enfática. Dona de muitos sucessos - até hoje tocados nas rádios -, Marina, se quisesse, poderia passar os próximos anos de carreira cantando seus hits. Ela não quer. “O que realmente me move é o meu trabalho, é criar”, afirma ela. Essa inquietação foi uma das razões que a levaram a se mudar do Rio para São Paulo. “Falei: preciso procurar um lugar que me estimule a produção. No Rio, chegou um momento que parecia, para mim, que os próprios cariocas não estavam muito interessados no que eu tinha a dizer, como se eu fosse o Corcovado, o Pão de Açúcar, como se eu fosse uma entidade”.
E, se ainda restam dúvidas sobre esse discurso da cantora, seu novo disco autoral, Novas Famílias, o 21º da carreira, é a prova de como Marina está conectada com o hoje, em “música, letra e dança”. Em suas composições, Marina, tanto sozinha quanto em parceria, joga luz sobre temas atualíssimos, talvez de uma maneira nunca antes vista em sua trajetória. “Não acho que a arte tem que ser engajada. Arte não é jornalismo, não vou descrever o que acontece no dia a dia. Passa num outro lugar. Agora, num momento como está o Brasil, se eu não olhar para o lado e não me colocar, vou ser muito egoísta, não dá. A coletividade importa muito.”

Fonte do Site de O Liberal Online (Texto e foto)

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