Quando a arte se encontra com o artista

Quando a arte se encontra com o artista

Tudo começou com uma articulação não tão demorada e logo os ajustes foram feitos para que houvesse o encontro entre artistas das letras com as artes que eles produzem, entre as quais: poesias e performances teatrais. Tudo foi feito no capricho e a anfitriã do encontro, professora Eleci Silva, também entrou no rol dos letristas e apresentou seu talento, concedendo à sua mãe, Dona Maria, espaço para ela se pronunciar, dando boas-vindas aos convidados de sua filha.
O cenário estava perfeito com destaque para as cores vermelho e verde que deram conotação duplamente absorvida por quem esteve presente. O verde da esperança e o vermelho do natal, simbolizavam também as cores de Portugal, país que Eleci tem bastante afinidade. As tochas de fogo, as músicas representadas pelos jovens, o pandeiro, o Nordeste exclamado em verso e prosa, o Severino e suas proezas na interpretação de José Raimundo que também representou o Poeta e o Andarilho, concluindo com as declamações de poemas feitas pelos integrantes da ACLA, além de outros convidados e até os alunos da Ufra mostraram seus talentos em declamações.
Ainda dentro do contexto, eis que surgem os personagens: “Paçoca”, “Tõinha do Caritó” e “Maria Cachorro”. O que eles vão apresentar agora?
Perguntavam os integrantes da plateia que já haviam se deliciado com os gestos dos intrépidos “Severino” e “Andarilho”, que novamente empolgaram com suas performances.
A noite estava apenas começando e a poesia não parava de ser declamada pelos trovadores de plantão, tendo cada um escolhido produções autorais para brindar a todos. Por iniciativa de “Cabôco Nirso”, foi preparado especialmente para Eleci, um álbum feito de fibras, entre as quais o caule da bananeira, além de outros apetrechos, tendo os adornos compostos de poesias e dedicatórias à anfitriã Eleci. A artista Elza Melo o desenho do álbum, fator que chamou a atenção de todos.
Petiscos, drinks, o cardápio preparado por Ana, “secretária de Eleci”, boa conversa e amizade fraterna declarada, além de uma relíquia que foi apresentada por Eleci: uma vitrola portátil que ela comprou na Inglaterra e trouxe para Capanema. Pegou seus discos de vinil e foi colocando um a um para tocar, isto já em altas horas da madrugada. O Roberto Carlos, é claro, não podia ficar de fora, pois aquele chiado da agulha no disco, lembrava os velhos tempos das aparelhagens e de outros equipamentos de época passada.
O fogo continuava aceso e contornava o ambiente, digamos: estilo imperialista ou algo parecido. Até o chão estava decorado sob o capricho e os detalhes da dona da casa que com todas as insinuações contidas neste texto, percebe-se que é a que foi chamada de anfitriã logo no início da retorica, ou seja: professora Eleci silva.
Para o encontro cultural que nós “batizamos” de Sarau, além dos integrantes da ACLA, ela convidou alguns de seus colegas da Ufra, como também alunos daquela instituição em que Eleci trabalha.
Agora, com a permissão de vocês, amigos leitores, passo a escrever na primeira pessoa: eu, Paulo Vasconcellos, poeta que se juntou aos outros pares, formando a Comissão de Frente que versejou, aplaudiu e foi aplaudida. Tudo nos conformes e os poetamigos que se apresentaram junto comigo no evento, foram: - Samuel Alencar, Rosilda Dax, Nilson Mesquita, Lourdes Oliveira, Paulo Maximiliano, Elza Melo, José Raimundo Vieira, Cleni Guimarães e as convidadas especiais: Lúcia Aquino, Conceição Maciel e Ioneida Braga. Para completar o “time”, convidamos a poetisa Eleci Silva para também declamar seus poemas e isso ela fez com maestria.
Nem tudo pode ser perfeito, mas a perfeição esteve presente naquele encontro que nos recheou de alegria e felicidade por tão significante valorização dos nossos trabalhos e da cultura literária. Como a pressa, dizem ser inimiga da perfeição, ninguém teve pressa e então, eu, mais uma vez peço licença para frisar que, acompanhado de minha esposa Dalva, fiquei até a madrugada, ouvindo músicas e as histórias contadas por Eleci, principalmente a de Jesus, cidadão que era diretor da escola onde ela estudava lá pelas bandas do Rio grande do Sul.
Por fim, abraço cada um daqueles que estiveram prestigiando o encontro que certamente está marcado em nossos corações e até nos currículos, pois tudo foi informal, entretanto, tudo saiu do jeito que foi planejado.

Viva a Amizade e que Deus seja Louvado!

Obs: As fotos aqui publicadas refletem no retrato de tudo o que aconteceu no Sarau

Edição e digitação: Dinho Aguiar
Texto: Paulo Vasconcellos

Fotos: Dalva Vasconcellos



















































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