Netflix está perto de bater 100 milhões de assinantes


A Netflix, plataforma de vídeo sob demanda, ampliou em 4,95 milhões o número de usuários em sua carteira de assinantes no primeiro trimestre deste ano. O desempenho ficou abaixo dos 5,49 milhões previstos por analistas, mas, mesmo assim, deixa a empresa à beira dos 100 milhões de assinantes: a empresa fechou março com 98,7 milhões de usuários em cerca de 190 países.
A marca deverá ser alcançada neste fim de semana, conforme estimativas da Netflix, anunciadas ontem, em conjunto com seus resultados do primeiro trimestre. O lucro no período cresceu em mais de quatro vezes, para US$ 178 milhões, ou US$ 0,40 por ação — analistas projetavam US$ 0,37. A receita subiu 35%, para US$ 2,64 bilhões.
Ampliar a carteira de assinantes é crucial para custear os gastos bilionários com a produção de séries e filmes e com o licenciamento de programas. A Netflix, que tem US$ 15,3 bilhões comprometidos com novas produções pelos próximos cinco anos, não pretende reduzir o ritmo desses aportes e anunciou que planeja captar recursos. A empresa ainda estima gastar US$ 1 bilhão este ano para atrair mais assinantes.
O primeiro trimestre, embora mais fraco em lançamentos, foi o mais lucrativo da história do grupo e a primeira vez em que a operação internacional fechou no azul.
As ações da Netflix subiram 1,4% ontem, para US$ 149,30 após o fechamento dos mercados, quando os resultados foram divulgados. No pregão normal, haviam subido 3%.
A empresa, porém, pode dar uma guinada no trimestre corrente, que habitualmente é fraco. Isso porque a Netflix preparou um pacote de lançamentos para os próximos meses que inclui novas temporadas de sucessos como “House of cards” e “Orange is the new black”, além de três filmes de grande orçamento.
Essa agenda tem um custo, e expõe um dilema vivido pela companhia. Devido a essas despesas, a Netflix anunciou que seu lucro no período será de US$ 0,15 por ação, abaixo da estimativa de analistas, de US$ 0,23.
Os investidores deram aval para a empresa operar sem dar lucro, na expectativa de que ela continue a crescer rapidamente, sobretudo fora dos EUA. O presidente do grupo, Reed Hastings, prometeu alcançar ganhos a partir deste ano. Analistas estimam um lucro líquido de US$ 477,2 milhões e receita de US$ 11,2 bilhões, segundo a Bloomberg.

Fonte: Portal ORM

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