Traços da Irreverência



Mostra de caricaturas revela a personalidade de Walter Bandeira

A Fundação Cultural do Pará (FCP) abre amanhã, na Casa das Artes, às 19h, a exposição “Walter Bandeira, Traços da Irreverência”, que reúne caricaturas assinadas por vários artistas, retratando o humor, o carisma e o jeito irreverente de ser do artista Walter Bandeira. A programação faz parte do projeto Walter 75, que integra as homenagens aos 75 anos que ele comemoraria no último dia 30.
A exposição traz 25 desenhos, assinados por oito artistas, entre eles J. Bosco e Waldez, dos jornais O LIBERAL e Amazônia. A ideia, segundo Biratan Porto, organizador da programação, é apresentar retratos do homenageado na sua essência, como artista multifacetado. “Em boa parte das caricaturas Walter está de microfone em mãos, um elemento usado pelos cartunistas para caracterizar tanto o cantor, como o locutor”, informa.
Biratan Porto ressalta as múltiplas possibilidades artísticas que Walter conseguiu atingir. “Conhecia o Walter há muitos anos. Via nele a multiplicidade profissional. Qualidade e excelência no que se propunha a fazer. E tudo isso dentro de uma simplicidade incrível. Brincalhão, provocador, irreverente e talento inigualável. Deixou a sua marca gravada nos corações dos fãs. Inapagável”, declara o organizador da mostra.
Para J. Bosco, homenagear Walter Bandeira com um de seus trabalhos foi uma honra, principalmente por ter conhecido o cantor pessoalmente. “Bebi com ele e era um cara que estava sempre ao lado dos cartunistas. Super bem-humorado e carismático. O Walter era irmão do grande jornalista Euclides Chembra Bandeira, que por sinal era um grande humorista e descobridor de cartunistas”, lembra. 
Considerado um artista de várias vertentes, o poliglota Walter Bandeira ficou mais conhecido como cantor e locutor, mas também deixou trabalhos nas artes plásticas e cênicas, além de ter atuado como professor, escritor e jornalista.
A arqueóloga Edith Pereira, amiga de Walter Bandeira, foi quem idealizou o projeto para homenagear o artista. “Walter era um grande e multifacetado artista. Ele era excelente em tudo o que fazia. O talento mais conhecido dele eram o canto e a locução. Voz inconfundível e marcante do rádio. Walter foi um ícone da cultura paraense. Uma pessoa muito querida e admirada por todos. Ele merece todas as homenagens”, afirma.
A homenagem prossegue até novembro próximo, quando será lançado o livro Walter e Gema, de autoria do professor Advaldo Castro Neto. A obra conta a carreira de Walter Bandeira no período de 1981 a 1992, quando o cantor atuou com o Grupo Gema, formado pelos músicos Nego Nelson, Bob Freitas, Dadadá, Kzan Gama e Sagica.

Fonte: Site de O Liberal Online (Texto e Foto)

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